terça-feira, 6 de junho de 2017

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Café com Marx
Por Marcelo Pires

“O fato de o aumento das necessidades e dos meios de satisfazê-las resultar em uma falta de atendimento das necessidades e meios de satisfazê-las, é demonstrado de várias maneiras pelo economista (e pelo capitalista). Primeiramente, reduzindo as necessidades do trabalhador às míseras exigências ditadas pela manutenção de sua existência física, e reduzindo a atividade dele aos movimentos mecânicos mais abstratos, o economista assevera que o homem não tem necessidade de atividade ou prazer além daquelas; e no entanto declara ser esse gênero de vida um gênero humano de vida. Em segundo lugar, aceitando como padrão geral de vida (geral por ser aplicado à massa dos homens) a vida mais pobre que se possa conceber; ele transforma o trabalhador em um ser destituído de sentidos e necessidades, assim como transforma a atividade dele em uma abstração pura de toda atividade. Assim, todo o luxo da classe trabalhadora parece-lhe condenável, e tudo que ultrapasse a mais abstrata exigência (quer se trate de uma satisfação passiva ou uma manifestação de atividade pessoal) é encarada como luxo.” (Karl Marx, Manuscritos Econômico-Filosóficos)

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