segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

As regras que utilizamos para “aprovar” ou “reprovar” os nossos estudantes NÃO VALEM PRA NÓS!

Em meio ao diálogo e às reflexões acerca da implantação do "3º Ciclo Para As Aprendizagens" no Ensino Fundamental, proposta pela SEEDF e preevista como obrigatória (a partir de 2018) pelo Plano Decenal de Educação do DF, ouvimos algumas "colocações" bastante interessantes por parte de muitas e muitos "colegas"... especialmente por parte daquelas e daqules que são "contra" a proposta pois ainda estão presas e presos às velhas amarras da escola seriada que remonta ao Século XIX!

Fora a parte tais colocações, o mais gritante são as contradições percebidas por parte de quem "cobra" dos estudantes uma "determinada" postura e, sequer é capaz de práticá-la.

Percebe-se que, na relação professor-estudante, infelizmente, prevalece o dito: 'FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO!'

Para que possam ter uma ideia mais clara do que estou falando, reproduzo abaixo um texto de análise dos documentos finais construídos pelos colegas da escola onde trabalho, após uma ampla reflexão sobre o documento da SEEDF, "DIRETRIZES PEDAGÓGICAS PARA A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR DO 3º CICLO", ocorida no dia 12, sábado, do corrente mês, do corrente ano...

Veja abaixo!

Bom dia Chefas!

Rs... Rs... Rs...

Desculpem-me, mas não tem como não rir.

As regras que utilizamos para “aprovar” ou “reprovar” os nossos estudantes NÃO VALEM PRA NÓS!
Se fossemos seguir essas regras, TODOS os grupos estariam reprovados na parte escrita (Formulário), vejamos porque:
1 – O Grupo 1 estaria reprovado porque simplesmente excluiu estudantes e pais participantes do grupo (não apareceu o nome de nenhum), apesar de eles terem se destacado na hora da apresentação do grupo;
2 – O Grupo 2 estaria reprovado porque, além de não colocar essas mesmas informações (nem mesmo acerca dos professores que participaram), não entregou o formulário preenchido (apesar de ter feito slides interessantes);
3 – O Grupo 3 estaria reprovado porque não identificou devidamente professores, estudantes e pais (faltou a série/ano/turma dos estudantes e a mãe que participou, não sabemos de quem é mãe), além disso, não utilizou o formulário corretamente... se não fossem os cartazes não daria pra entender direito algumas coisas;
4 – O grupo 4 estaria reprovado porque, também, não identificou devidamente os seus participantes (nem os professores) e não entregou o formulário devidamente preenchido (vieram mais três fontes de informação que tiverem de ser lidas a fim de preenche-lo devidamente), além disso, poderíamos dizer que cometeram falhas no uso do português “oficial”;
5 – O Grupo 5 estaria reprovado porque além de também não identificar devidamente os seus componentes, também não entregou o formulário preenchido, dificultando assim a compreensão das construções do grupo. Obs.: Recebeu o formulário antecipadamente e “esqueceu” (não sabe onde o colocou)!
Se fossem os nossos estudantes que tivessem cometido estas “falhas”... como será que os colegas reagiriam em caso de uma avaliação? Considerariam as apresentações como o “ponto alto” da avaliação ou a parte escrita? Pelas regras que utilizamos, vale mais o que está escrito do que o que é dito ou feito... eles (os estudantes) estariam reprovados? É possível que sim!
         Se fossemos analisar “os motivos” de tais falhas (em relação aos nossos estudantes)... quais motivos, provavelmente, atribuiríamos?
FALTA DE ATENÇÃO, DESINTERESSE, FALTA DE MATURIDADE, FALTA DE PRÉ-REQUSITO (NEM SABEM LER DIREITO), NÃO ESTÃO NEM AÍ PRA ESCOLA, NÃO DÃO A DEVIDA IMPORTÂNCIA AOS ESTUDOS E ÀS AVALIAÇÕES, ETC., ETC., ETC.
         E, em relação aos nossos colegas professores... o que podemos dizer?
         Perdoem-me, mas tenho que rir de novo... rs... rs... rs...
Perdoem também o “desabafo”...
         Entretanto, e é o que seria verdadeiramente correto, as apresentações foram maravilhosas e por si só já garantiriam a aprovação de todos! Mas,... quem entre todos nós, consideraria apenas as apresentações??????
         Gostaria de saber...
KIM
Ah! Espero que, como eu, gostem do resultado final de “potencialidades” e “fragilidades”... apesar do empate, as “potencialidades” são mais significativas do que as “fragilidades”, até mesmo porque quase todos os grupos repetiram várias “fragilidades”.



Que me perodem os "caretas e covardes", mas...

“Depois das reflexões sobre a microfísica do poder (Foucault), sobre a servidão voluntária (Etienne La Boètie), sobre o medo da liberdade (Fromm), a introjeção do opressor no oprimido (Freire), a dialética do reconhecimento (Hegel), fica muito difícil alguém se sustentar na posição de donzela, de vítima indefesa! Toda relação tem pelo menos dois lados.” (VASCONCELOS).

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A MÍDIA CORPORATIVA E OS TRABALHADORES...: CONTROVÉRSIA DE INTERESSES!


            Que a Mídia Corporativa existe apenas pra defender os interesses de quem detém o poder é fato notório (embora nem sempre percebido)! (Obs.: quem DETÉM o poder e não quem ESTÁ no poder).
            Dependendo de “quem” esteja no poder e quais interesses defenda... pode ser feito um acordo temporário como já vimos antes com Roriz e Arruda... Parece que vamos reviver esses velhos tempos com Rollemberg.
            Que a TV brasileira está cheia de gente “sem noção” no “comando” de coisas/programas que deveriam ser sérios, também não é novidade (temos gente boa também, mas em um número e com destaque e horários pequenos e espaço reduzido).
            O comentário feito hoje pelo “jornalista” Alexandre Garcia (Gracinha), na 1ª Edição do DFTV, acerca da suspensão das atividades dos professores da Rede Pública de Ensino é uma mostra bem clara dos objetivos e dos interesses da Mídia Corporativa através dos seus lacaios...
            A compreensão do referido “jornalista” (e portanto de quem ele representa) acerca de cidadania parece resumir-se a “aprender a obedecer ordens”... ou seja, trabalhadores da educação devem (inclusive pelo exemplo de “passividade” ante ao desrespeito e a agressão moral) ensinar aos filhos e às filhas dos trabalhadores que frequentam a escola pública a serem obedientes às ordens emanadas de “governantes”. Especialmente aqueles que representam os detentores do poder (todos eles comandantes diretos ou indiretos da Mídia Corporativa, cujos interesses são propalados – de forma disfarçada ou descaradamente como fez hoje “Alexandre Gracinha” – por pessoas desse naipe... Gracinha!
            Para aqueles que se sentam em frente à TV “despreocupadamente” sugiro que ouçam Gabriel o pensador (paráfrase): “... a programação existe pra manter você... na frente da TV. Pra você não ver que o programado é você...”.
            Quem realmente DETÉM o poder neste país e neste mundo precisa da submissão da classe trabalhadora pra se perpetuar detentor deste poder. Quando essa submissão não ocorre “voluntariamente” (fruto da ação das ideologias e dos aparelhos ideológicos – inclusive e principalmente os Meios de Comunicação de Massa/TV), é forjada de forma violenta (através de aparelhos ideológicos como a justiça ou pela pura repressão).
            Ao senhor “Gracinha” diríamos: a verdadeira lição de cidadania é a defesa irrestrita dos direitos básicos... especialmente daqueles que vêm sendo violentados praticamente por todos os governantes que este país já teve.
            Aos nossos estudantes e aos seus pais/mães/responsáveis diríamos: usem todas as “armas” possíveis pra defender os seus direitos... defendê-los de quem realmente os está desrespeitando...