quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

A INVISIBILIDADE DO MAGISTÉRIO BRASILEIRO NO DELICADO PROCESSO DE RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS DURANTE A PANDEMIA

 

A INVISIBILIDADE DO MAGISTÉRIO BRASILEIRO NO DELICADO PROCESSO DE RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS DURANTE A PANDEMIA

Seguidamente ouvimos debates acerca do retorno às aulas, no Brasil, durante a pandemia. Sobre o assunto, falam os infectologistas, falam os médicos, falam as mães, falam secretários da educação, falam os prefeitos, vereadores. Ministro da educação não fala porque não temos, ou temos? Falam os alunos, falam os repórteres, falam os programas de TV, só os professores não falam. Pior, sequer são mencionados nesse processo como se não fizessem parte dele.

Hoje, cruzei pela televisão no horário do programa “Encontro”, sentei para ver a simulação de um ambiente de sala de aula em que uma tinta foi usada para representar o novo coronavírus, detalhe, nessa simulação só havia duas pessoas na sala. Em pouco tempo mesas e vários objetos ficaram tomados pela tinta fluorescente que representava o vírus. Em seguida uma especialista foi entrevistada, não prestei atenção no seu nome ou especialidade. Ela falou sobre esse processo de volta às aulas presenciais. Mencionou a importância do retorno escalonado para que as salas não fiquem lotadas. Minimizou o perigo desse regresso ao dizer que as crianças, na maioria, não são infectadas e, quando são, apresentam apenas sintomas leves. Citou também a importância da escola para as crianças, mas não falou dos professores, nunca, uma única vez.

Por puro vício de linguista que adora Análise do Discurso, fiquei contando nos dedos as vezes em que ela pronunciava a palavra “crianças”, perdi a conta, foram muitas, ao mesmo tempo em que esperava ansiosamente a inclusão da palavra “professores”, não houve. A eterna invisibilidade do magistério brasileiro gritava no discurso dessa senhora e me embrulhou o estômago.

Estava ali, naquela fala, vergonhosamente escancarado o desrespeito pelos professores e a visão que a nossa sociedade possui da “escola”. Quando uma categoria tão fundamental nesse processo, sequer é mencionada, é porque não existe para esse sujeito do discurso. Excluídos os professores desse processo, a escola é reduzida a espaço de socialização, depósito de crianças para que os pais trabalhem, tulha para que os adolescentes não fiquem ociosos. A escola passa a ser tudo, menos espaço para a construção do conhecimento.

A omissão da palavra “professores” quando se referem a esse retorno é também um desrespeito pelas nossas vidas, como se a nossa vida, a nossa saúde não fosse importante. Penso no quadro docente da minha escola e, através dele, traço um parâmetro. Poucos não estão no grupo de risco. A maioria possui comorbidades. Entre os jovens e saudáveis, estão as grávidas. Isso sem considerar a carga de trabalho desses profissionais, muitos trabalham em mais de uma escola. Em escolas de cidades diferentes e precisam de transporte público.

Fico pensando no nosso esforço, na nossa luta para manter a qualidade do ensino neste ano letivo atípico. Fomos pegos de surpresa, como todos. A maioria de nós nunca estudou para dar aulas à distância. Aprendemos na marra, no susto. Nossa casa se transformou em estúdio. Nosso celular em instrumento de trabalho e voz para dez turmas, cerca de quatrocentos alunos e mais seus pais (no meu caso). Em tempos de aulas presenciais, meu celular estava sempre no silencioso para não perturbar, agora também porque muitos alunos e pais não respeitam dia nem horário. Trabalhamos em duas plataformas e quatro frentes: classroon, whatsapp, diário online e material impresso. Todo dia chega uma nova exigência, a mais nova é postar o plano de aula na íntegra, também no diário online. Quando falam em retorno, falam em retorno escalonado para os alunos. E o retorno dos professores também será escalonado? Ou teremos de assumir tudo, aulas presenciais e à distância? É sobre isso que nossos sindicatos precisam ficar atentos. Não há como dar conta de aulas presenciais e à distância ao mesmo tempo, se for assim, os que não morrerem de Covid19, vão morrer de exaustão. Ainda tem as lives, quase todo dia, para que os professores escutem, escutem, escutem. Quando nos será concedido o lugar de fala nisso tudo? O magistério é silenciado na educação brasileira desde o Brasil colônia, todas as decisões vêm de cima, de especialistas que já não estão no chão da sala de aula há tempos. Mais que ouvir, necessitamos também falar e, acima de tudo, precisamos ser ouvidos!

Por Márcia Friggi

quarta-feira, 22 de abril de 2020

O coronavírus dos ricos e o coronavírus dos pobres

Divulgando de EL PAIS


O coronavírus dos ricos e o coronavírus dos pobres
Aqueles que têm tudo de sobra atravessam a tempestade com menos sacrifícios do que os pobres, para os quais a epidemia é apenas um elemento a mais da dor em que já vivem.
Um barbeiro da favela de Mandela, no Rio de Janeiro, trabalha com máscara de proteção durante pandemia de coronavírus.Um barbeiro da favela de Mandela, no Rio de Janeiro, trabalha com máscara de proteção durante pandemia de coronavírus.Antonio Lacerda / EFE
Já se escreveu muito sobre como a tragédia do coronavírus nos iguala a todos porque quando golpeia não conhece classes nem ideologias. Mata ricos e pobres. Isso é, no entanto, uma meia-verdade, porque, como sempre na história, aqueles que têm tudo de sobra atravessam a tempestade com menos sacrifícios do que os pobres, para os quais a epidemia é apenas um elemento a mais da dor em que já vivem.
Pode parecer, mas não é uma blasfêmia dizer que os pobres sofrem menos do que os ricos nestas tragédias porque estão acostumados a conviver com a dor, a frustração e a morte.
Talvez por isso, os que mais se opõem ao confinamento que pode salvar muitas vidas são aqueles para quem não faltará nada durante a quarentena, nem mesmo um bom hospital caso o bicho chegue a pegá-los, como afirmou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Não vimos, de fato, multidões de pobres saírem às ruas para protestar contra o isolamento, apesar de serem eles os mais martirizados por essa medida, pois ela os impede até de sair para ganhar o pão para sua família. Os pobres não têm cadernetas de poupança, e sim dívidas, e a epidemia os deixa mais desprotegidos do que ninguém.
Estão sendo, paradoxalmente, os mais ricos que estão forçando as manifestações contra o isolamento — que, segundo a ciência, é em todo o mundo o único antídoto até hoje para salvar vidas. Sim, o vírus não é classista, mas as tremendas desigualdades da nossa sociedade cruel continuam vivas e até se agigantam durante a epidemia.
Para os mais ricos, os da Casa Grande, o que interessa é que a máquina da produção seja posta em marcha o quanto antes para que a Bolsa volte a subir.
Talvez seja por isso que personagens políticos como o presidente Jair Bolsonaro se revelem desprovidos de sentimentos humanos elementares de compaixão pelos que mais sofrem as consequências da epidemia, e cheguem a negá-la.
Isso explica por que esses pequenos aprendizes de tiranos não se preocupam com aqueles que mais vão morrer com o vírus. Sabemos que são os idosos e os que já sofrem de alguma doença crônica. E essas vítimas são as que menos interessam a todos que veem o mundo sob o prisma do mero lucro ou do mero interesse político. Para eles, idosos e doentes são improdutivos em nossa sociedade do consumo e da vertigem da produtividade a qualquer preço.
Os psicólogos e psiquiatras estão apontando as consequências negativas que terá, para nosso cérebro, a crise mundial que afeta a humanidade inteira. E é aterrador. É um rio de angústias profundas que nossa psique está acumulando, e ainda não sabemos quais serão suas consequências finais.
Mas, dentro de tanta dor, angústia e morte, há um aspecto esquecido que poderia nos ajudar a resgatar um sentimento perdido em nossa sociedade, infectada pelo ódio político e social. Refiro-me a um certo despertar do mundo das emoções, as mais positivas, as que nos curam das psicoses e pareciam adormecidas em uma sociedade contagiada por ódios e discriminações.
É como se o mundo do dinheiro frio e até o do tédio daqueles que têm a mesa farta tivesse se apoderado de um mundo que já é incapaz de emoções humanas profundas.
No entanto, a emoção nos redime de nossos pessimismos estéreis, nos aproxima, nos faz descobrir algo que acreditávamos ter perdido para sempre imersos, como estamos, na sociedade do egoísmo e da inveja. As emoções são o oxigênio da nossa vida interior.
A epidemia, com suas dores, está nos devolvendo, por exemplo, o gosto pela emoção gerada pela solidariedade e pela empatia com os demais, que nos parecem mais próximos e iguais do que nunca.
É verdade que as sequelas psiquiátricas provocadas pelo desespero da separação física podem aumentar durante a crise, como se vê pelo aumento da violência doméstica em algumas famílias. Mas também é possível que o confinamento forçado sirva para que muitos casais e famílias valorizem e reconquistem a intimidade perdida e a alegria de estar juntos.
São essas emoções que o isolamento desperta repentinamente em nós, fazendo com que nos sintamos mais amigos e receptivos à dor e à alegria alheias.
Cenas como a de idosos até de cem anos que saem dos hospitais curados do vírus, sob aplausos de médicos e enfermeiros, eram inéditas até ontem.
Não podemos esquecer, nem mesmo nestes momentos trágicos, que a perda das emoções cria mundos paralelos de ódio e incompreensão da dor e da pobreza alheias.
As emoções, em vez disso, afastam os demônios da vingança. A emoção positiva está mais disposta ao perdão do que ao castigo e nos prepara melhor para compreender a dor e a solidão dos outros.
Quem é incapaz de abrigar emoções diferentes das criadas pela violência e pela morte nunca entenderá o que a ternura e o abraço significam.
O que os nazistas, que arrastavam mães com seus filhos para os crematórios nos campos de concentração, sabiam sobre emoções como a compaixão pelos outros?
Os incapazes de emoções são os mais próximos dos psicopatas que matam com a maior frieza do mundo. Onde estava a emoção nos interrogatórios policiais sob tortura ou nos pelotões de fuzilamento das ditaduras?
Se o coronavírus nos servir para despertar os melhores sentimentos de emoção diante da felicidade alheia, sentimentos que a luta política envenenada aniquilou, a pandemia não terá sido inútil.
Nada seria mais positivo para nosso mundo amargurado e cada vez mais injusto e com maior capacidade de segregação que nascesse um rio de emoções reprimidas capaz de nos redimir de tantos ódios acumulados.
Só aqueles que têm a alma seca de emoções não conseguem entender certas correntes de emoções positivas que só apreciamos quando as perdemos.
É por isso que todos os ditadores ou aspirantes são sempre os mais alérgicos às emoções que salvam e unem a humanidade na busca de uma felicidade que não precisaria matar nem humilhar para se sentir em paz com os outros.
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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Comunismo ou lei da selva

Divulgando de 247...


Comunismo ou lei da selva
Filósofo Zizek aponta um novo tipo de comunismo após a pandemia e o colapso do populismo de direita
12 de abril de 2020, 06:59
“Comunismo ou lei da selva”, proclama o filósofo Slavoj Zizek.
Publicado originalmente pelo Unisinos: O filósofo esloveno não acredita que a emergência traga novos totalitarismos. Aliás, os laços da comunidade serão fortalecidos. Porém, apenas se formos capazes de reconstruir a confiança nas instituições: “o que acontece mostra que cabe a nós, aos cidadãos, sujeitar a maior controle aqueles que governam, certamente não o contrário”.
“Um novo senso de comunidade: é isso que está emergindo dessa crise. Uma espécie de novo pensamento comunista, distante do comunismo histórico. A banal descoberta de que coordenação e cooperação globais são necessárias para combater o vírus tem um viés revolucionário. Estamos redescobrindo o quanto precisamos uns dos outros. No entanto, a Organização Mundial da Saúde sempre o repetiu: e, em vez disso, não existia nada similar nem mesmo dentro da União Europeia”.
Pelo telefone de sua casa em Liubliana, o filósofo e sociólogo esloveno de 71 anos Slavoj Žižek, autor de ensaios famosos como Em defesa das causas perdidas e L’incontinenza del vuoto, tem repetidos acessos de tosse: “Tenho todos os sintomas da Covid-19, mas não sou positivo. Sinto-me mal há anos.” Talvez também por esse motivo ele tenha decidido se questionar como a pandemia está mudando nossas vidas, com uma série de ensaios reunidos na Itália, pela Ponte alle Grazie, em um ebook intitulado, precisamente, Virus. Uma coleção constantemente atualizada com novos acréscimos, para download.
A entrevista é de Anna Lombardi, publicada por La Repubblica, 06-04-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Eis a entrevista.
Você escreve: “Receio dormir porque os pesadelos me assaltam sobre a realidade que nos espera”. Todos nós sentimos esse medo: o que você prevê?
A realidade já mudou. Vemos governos conservadores adotando medidas que chamaríamos de socialistas em outros tempos: Donald Trump ordena às indústrias privadas o que produzir. Boris Johnson nacionaliza temporariamente as ferrovias. Todos vivemos de uma maneira que seria impensável há poucos meses. Há aqueles que pensam em um mundo em que se aproveitará do vírus para controlar todos nós, e, é claro, é uma possibilidade. Mas não acredito em novos totalitarismos: são precisamente os governos que estão em pânico hoje, incapazes de controlar a situação, e muito menos construir uma sociedade no estilo Big Brother.
No máximo, há mais desconfiança em relação às instituições. Mesmo na China, testemunhamos protestos, ainda que modestos. Bem, deveríamos encontrar uma maneira de reconstruir essa confiança. Talvez com novos Assange capazes de desmascarar os abusos. Certamente, o vírus mostra que cabe a nós, aos cidadãos, sujeitar a maior controle aqueles que governam, certamente não o contrário.
Você está dizendo que as pessoas deveriam se envolver mais com a política?
Alguém disse que, no meio dessa crise, deveríamos nos preocupar apenas com a nossa salvação. Penso o contrário: não há momento mais político do que o atual. Apesar das advertências dos cientistas, os governos se descobriram despreparados. Mas agora somos forçados para enfrentar o pior, é claro: não há mais espaço para o “America First” e slogans do tipo. Para sobreviver, os Estados a partir de agora terão que lidar continuamente com o futuro. Precisamos de um novo sistema de saúde pública global e agências internacionais aptas a agir com ações acordadas.
Precisamos de salários mínimos garantidos, pagos agora inclusive por Trump. Minha ideia de comunismo não é o sonho de um intelectual: estamos descobrindo na nossa própria pele por que certas medidas devem ser tomadas no interesse geral. Não subestimemos o impulso que o vírus está dando a novos sistemas de solidariedade em nível local e global. Construir um novo modo de viver será o nosso teste. Mas as pessoas precisam retomar as coisas em suas mãos agora: não esperar o fim da crise.
E como fazer isso? Estamos todos trancados em casa.
Nem todo mundo que está em casa passa seu tempo apenas assistindo filmes estúpidos. Todos estão se fazendo perguntas básicas sobre nossa vida cotidiana, questões que em outros momentos definiríamos de metafísicas. Muitos estão usando esse tempo para refletir. E para escolher. É verdade, somos mais isolados, mas também mais dependentes uns dos outros. Vivemos um imperativo paradoxal: demonstramos solidariedade por não nos aproximarmos. Nunca fui um otimista, mas esse respeito pressupõe uma mudança profunda de comportamento que sobreviverá à crise.
Vamos realmente aprender alguma coisa com tudo isso?
O custo psicológico é tremendo. E, é claro, o isolamento também cria novas formas de paranoia: demonstram isso as inúmeras teorias da conspiração na rede, e países como Estados Unidos e China jogando um para o outro a origem do vírus. Mas, repito, estaremos mais conscientes do que significa estar perto dos outros, para o melhor ou para o pior. Reencontrar-se, por exemplo, será uma alegria. Mas teremos mais cuidado. Depois, esta situação tornou bem visíveis as diferenças sociais. Penso no egoísmo dos super ricos fechados em seus bunkers ou em iates. Madonna postou um vídeo na banheira dizendo que estamos todos no mesmo barco. Não é assim e as pessoas veem a situação. Os novos heróis são as pessoas comuns.
Para impedir a propagação do vírus, as fronteiras foram fechadas. Em certo sentido, estamos diante de uma nova forma de nacionalismo. Você não teme uma regurgitação de populismo?
Se algo está sucumbido, é justamente a mensagem populista. Pessoas como Donald Trump e Jair Bolsonaro mostraram sua mesquinharia, dando a ideia de estar pronto para sacrificar os mais fracos. E na Europa não funcionou jogar a culpa nos chineses ou refugiados: quem transportou o vírus foram turistas e empresários. Até a corrida armamentista dos EUA é ingênua.
Eles pensam em proteger a casa e ficam doentes porque não lavam as mãos o suficiente. Estamos todos aprendendo que esforços nacionais isolados não são suficientes: os limites do populismo nacionalista que insiste na soberania do Estado estão diante dos olhos de todos. Repito, a solidariedade global e a cooperação são o único caminho racional e até egoísta a seguir. No entanto, teremos de enfrentar o futuro da União Europeia: foi ridiculamente passiva. Poderia ter determinado ações e distribuído ajuda. Não o fez. Falhou.
Ainda não estamos fora da emergência. Como podemos resistir até então?
Vivemos uma experiência excepcional, pode tirar o nosso melhor ou o pior. Não nos tornaremos todos monges budistas ou santos católicos. Para enfrentar com a solidão, talvez o melhor seja continuar estabelecendo rotinas básicas. Uma repetitividade que nos impede de ceder ao caos. Temos que manter uma ordem para estar prontos amanhã.
Do que você mais sente falta, estando fechado em casa?
De ir às livrarias. Os últimos lugares onde você ainda tem possibilidades de escolha cultural. Não suporto os algoritmos da Amazon, da Netflix: eles oferecem o que pensam que você gosta, sem dar a oportunidade de descobrir coisas novas e, portanto, surpreender-te. Na livraria, você vai para procurar algo e muitas vezes volta com outra coisa. As livrarias são insubstituíveis e é muito grave que a crise as esteja colocando em risco.
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