"Liberdade é um sonho que a alma humana alimenta, que não há quem explique e ninguém que não entenda!". (Cecília Meireles - Romanceiro da Inconfidência).
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
CONVERSA COM EVANDIR 4
27/11/16, 21h43 - EVANDIR: Mônica Bergamo - Destruir Lula é
roubar a voz dos pobres, diz sociólogo Domenico De Masi http://folha.com/no1835552
Via Folha de S.Paulo
sábado, 26 de novembro de 2016
CONVERSA COM EVANDIR 3
25/11/16, 11h17 - EVANDIR: Quem é Marcelo Calero, que virou o
“homem-bomba” de Michel Temer -
http://www.tijolaco.com.br/blog/quem-e-marcelo-calero-que-virou-o-homem-bomba-de-michel-temer/
25/11/16, 11h17 - EVANDIR: Xadrez do golpe no golpe
SEX, 25/11/2016 - 09:59
Luis Nassif
A delação do ex-Ministro da Cultura Marcelo Caleró deflagra o
primeiro passo da operação golpe no golpe.
Ontem, em Brasília, me relataram conversas de Eliseu Padilha
em 2012, com um empresário conterrâneo, adiantando a estratégia de sua turma.
Apoiariam Dilma em 2014 e no dia seguinte começariam a batalhar pelo
impeachment.
O PSDB foi a reboque. Mas controlando o STF (Supremo Tribunal
Federal) e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
através da Ministra Carmen Lúcia, e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
através de Gilmar Mendes, e a PGR (Procuradoria Geral da República) através de
Rodrigo Janot, era questão de tempo para adiantar o golpe no golpe.
Ele veio com Marcelo Calero. Não se trata apenas de um
diplomata que saiu do nada para o MinC. Trata-se de Marcelo Caleró, 4560,
candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro em 2010, pelo PSDB.
Bastará agora ir fervendo o caldeirão até virar o ano.
Virando o ano, o TSE resolve a questão e a Câmara partirá para eleger um
presidente pela via indireta.
Amanhã desdobraremos mais esse Xadrez
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
CONVERSA COM EVANDIR 2
19/11/16, 15h50 - EVANDIR: José Pacheco: Onde estão os
professores? Por que não ocupam suas escolas?
Um dos grandes formuladores de novos paradigmas educacionais,
José Pacheco, saúda secundaristas brasileiros e sugere: “O poder público
insiste em velhas fórmulas. Por que os professores não ocupam suas escolas”?
Por José Pacheco
Pré-ocupações
Há mais de cem anos, Almada Negreiros escreveu:
“Quando eu nasci, todos os tratados que visavam salvar o
mundo já estavam escritos. Só faltava uma coisa: salvar o mundo.
Quando decidi ser professor, todos os tratados que visavam
salvar a educação já estavam escritos. Só faltava refundar a escola, salvar a
educação, sair da zona de conforto.
Já na distante década de 1970, nos pré-ocupávamos e
questionávamos o instituído. Os enunciados dos projetos requeriam que se
educasse para e na autonomia.
Porém, professores cativos de uma platônica caverna, para
onde uma “formação” deformadora os havia atirado, semeavam heteronímia.
Uma tradição centralizadora e autoritária recusava às escolas
o direito à autonomia, contrariando a lei.
Provisórias medidas ministeriais adiavam a refundação da
escola e negavam o direito à educação.
A crença nas virtudes da velha escola mantinha os professores
na ilusão de uma possível melhoria de um modelo em decomposição. Se a família
terceirizava a educação dos seus filhos e a escola não ensinava, uma sociedade
doente considerava normal que assim fosse.
O contraste entre a sofisticação do discurso e a miséria das
práticas tornava-se insustentável. Se as medidas de política educativa negavam
a muitos alunos o direito à educação (direito consagrado na Constituição e na
Lei da Bases), o poder público teria direito de manter tais políticas?
Se o modo como as escolas funcionavam provocava a exclusão de
muitos jovens, as escolas poderiam organizar-se desse modo?
Se, do modo como ensinávamos, muitos alunos não aprendiam,
teríamos o direito de continuar a trabalhar desse modo? Cadê a ética?
Estas foram algumas das nossas pré-ocupações. Até ao momento
em que, fundamentando as nossas reivindicações na lei e numa ciência prudente,
assumimos o estatuto de autonomia, dignidade profissional.
Reivindicamos condições de desenvolvimento dos projetos
político-pedagógicos, exigimos respeito pelas decisões (políticas e
pedagógicas) das nossas escolas e comunidades.
Da pré-ocupação passamos à ocupação.
No Brasil, ao cabo de vinte anos, o artigo 15º da Lei de
Diretrizes e Bases do Florestan [Fernandes] e do Darcy [Ribeiro] é letra morta.
A lei não foi cumprida e o poder público insiste no fomento de velhas fórmulas.
Bem nos avisava o Anísio [Teixeira]: Habituamo-nos a viver no
país proclamado. Não no país real. Não existe uma política de Estado. Existe
uma prática de desgovernos.
Mas há jovens brasileiros que não se mostram condescendentes
com ministeriais disparates e ocupam escolas. Surpreende-me que sejam os jovens
a ocupar escolas.
Deveriam ser os professores a ocupá-las. Porque os jovens
sabem aquilo que não querem, mas ignoram a escola a que têm direito. Suponho
que os professores saibam…
Se o sabem, por que se mantêm apáticos, quando, na formulação
de política educativa, critérios de natureza administrativa se sobrepõem a
critérios de natureza pedagógica?
Por que não cumprem os
seus projetos?
Por que consentem que
burocratas lhes imponham a mordaça do “dever de obediência hierárquica”?
Onde estão os
professores?
Por que não agem no
chão da escola e da comunidade, fazendo o que é preciso e inadiável, assumindo
um estatuto de autonomia?
Por que não ocupam as
suas escolas?
(Do Outras Palavras/
Blog da Redação)
José Pacheco é educador português e mundialmente conhecido
pela criação da experiência inovadora representada pela Escola da Ponte, é
autor de diversas obras sobre aprendizagem e gestão democrática na educação
CONVERSA COM EVANDIR 1
21/11/16, 14h08 - EVANDIR: Disputa será da direita com a
extrema direita, afirma Haddad
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
21/11/2016 02h00
Prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando
Haddad (PT)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP) afirma que a
esquerda brasileira nunca conviveu com uma situação "tão adversa"
como a atual. Para ele, a polarização brasileira se dará, nos próximos anos,
entre a direita e a extrema direita.
Derrotado por João Doria (PSDB-SP) na eleição municipal, ele
diz que se dedicará agora a "reorganizar a vida", mas sem deixar o
"debate nacional". Leia os principais trechos da entrevista,
concedida dias depois da vitória do republicano Donald Trump à Presidência dos
EUA:
Folha - Há uma onda conservadora no mundo e no Brasil?
Fernando Haddad - Não dá para entender o Donald Trump sem
entender o que foi a globalização. O que seus ideólogos defendiam? Que ela
significaria a distribuição do welfare state [Estado de bem estar], que uma
parte do bem estar do núcleo orgânico do sistema seria socializado.
Isso atingiria inclusive o Brasil. Essa era uma tese do
[ex-presidente] Fernando Henrique Cardoso, por exemplo. Mas o que de fato
aconteceu? O capital se internacionalizou de uma maneira inteiramente nova.
Eu [empresa] produzo a sola do [tênis] Nike no Vietnã, o
cadarço no Camboja, monto em Manaus e exporto para a Europa. Só que quem fica
com o superlucro é a marca Nike. Não são os trabalhadores, como se poderia
imaginar.
A força de barganha diminui.
A base nacional da legislação e da organização sindical se
esfarelam. E o capital passa a superexplorar a força de trabalho. Sobretudo no
Sudeste asiático, que se industrializa com base na mão de obra barata, de
pessoas que trocavam 12 horas de jornada por um prato de arroz.
A globalização significou ainda a desregulamentação dos
mercados financeiros.
Em 2008, duas coisas se combinam: crise financeira com a
explosão das bolhas na Europa e nos EUA.
O centro nervoso do sistema é atingido. Os trabalhadores de
seu núcleo orgânico já sentiam os efeitos da desindustrialização pelo aumento
da competição asiática. Mas, a partir de 2008, passaram a sentir na pele, como
nunca.
Essa combinação começa a explicar a emergência da direita nos
EUA e na Europa.
Trump é só um elemento a mais de reação da classe
trabalhadora tradicional, europeia e americana. Que dá sustentação a Marine Le
Pen, na França, ao Brexit [saída do Reino Unido da União Europeia], a grupos radicais
na Alemanha e na Áustria.
Nos EUA não há desemprego, por exemplo. Ao contrário.
Mas você tem a precarização [do trabalho], sobretudo no
nordeste, que era uma das regiões de base industrial nos EUA. Ele sucumbe.
E você tem a emergência de forças ultraconservadoras de viés
nacionalista, com a classe trabalhadora tradicional reagindo aos efeitos
deletérios da globalização pela direita. Hoje a disputa, em escala global,
inclusive na periferia do sistema, se dá entre a direita e a extrema direita.
E no Brasil?
A América Latina pegou um atalho interessante. A expansão do
sistema abriu um ciclo de commodities e de crescimento que se combinou com a
democratização da renda por governos que, sucedendo os militares, emergiram com
discurso muito favorável ao combate à desigualdade.
E o Brasil conseguiu cumprir com certos princípios da
Constituição de 1988, que foi o ponto alto a Nova Republica, que durou de 1985
a 2016.
A Nova República terminou. Vivemos hoje o começo de uma
segunda República Velha, como deseja o establishment. [Irônico] Essa farra aí,
de direitos, acabou. Vamos voltar ao padrão primário exportador do começo do
século passado.
Como o país chega a essa crise tão aguda?
Com a crise de 2008, o ciclo de commodities teve que acabar.
As economias centrais dependiam de matéria prima barata para recuperar seu
dinamismo. A decisão da Arábia Saudita [de aumentar a produção de petróleo,
fazendo o preço despencar] é política. Ela joga com os EUA.
Com o fim do ciclo das commodities, começa a crise na periferia,
em governos [da América Latina] de matriz econômica cujas bases não são mais
sustentáveis. Isso explica parte da crise do governo Dilma [Rousseff].
Obviamente não explica tudo.
E o que mais explica?
A leitura completamente equivocada do governo e do PT sobre
[os protestos] de 2013. Ela foi a de que tínhamos garantido o pão e que o povo
tinha saído às ruas para pedir a manteiga. Essa expressão eu ouvi, na época, de
alguém muito importante.
Do Lula?
[risos]. É. Eu ouvi do Lula. E eu disse para ele "não é
isso o que está acontecendo".
Nós tínhamos dez anos de crescimento real do salário, a menor
taxa de desemprego, inflação relativamente controlada. Não tinha elementos para
o povo estar na rua.
A não ser pelo componente psicológico de perda de poder e
status relativos das classes médias tradicionais, espremidas entre ricos cada
vez mais ricos e pobres menos pobres.
Elas que lideraram aquele processo. E já começava o fim do
ciclo de commodities. O resultado foi uma crise institucional com a
radicalidade que a crise política impôs.
A leitura errada se traduziu em medidas equivocadas?
Dilma acreditava realmente que essa crise era temporária. E
os ajustes que a economia precisava foram sendo adiados. Quando se confirma o
diagnóstico contrário, ela dá um cavalo de pau. Imaginando que em 2018 a
economia voltaria a crescer.
E dá tudo errado.
Dar um cavalo de pau pressupõe que você tem base parlamentar.
Ela não tinha. A popular, perdeu. A classe média tradicional ganhou as ruas e
aí nós promovemos algo que não está na Constituição: o tal do impeachment sem
crime de responsabilidade.
O que foi esse casuísmo? A Constituição prevê a intervenção
do Estado no município, do governo federal no Estado, mas não a do Congresso no
executivo. Pois foi exatamente o que aconteceu.
E o que nós temos hoje é um governo de intervenção, com os
seus atos institucionais. A PEC 241/55 [do teto de gastos] é o ato
institucional número 1 do novo regime.
O pressuposto é o seguinte: qualquer aumento quantitativo dos
serviços públicos, qualquer melhora qualitativa, e o enfrentamento da questão
demográfica, do envelhecimento da população, vão ter que ser enfrentados com o
aumento de produtividade do serviço público.
A conta não vai fechar.
O Estado vai sofrer pressão para racionalizar gastos. Isso
não é positivo e necessário?
O problema é de escala. É imaginar que esses três desafios
vão caber dentro da âncora fiscal. É imaginar que o interesse difuso vai
prevalecer sobre o interesse corporativo. Olha a dificuldade de se cortar
supersalários no Judiciário brasileiro, que é o mais caro do mundo. Olha a
dificuldade que é você enfrentar as corporações.
O senhor costuma criticá-las.
Eu não me vejo vivendo numa República. As instituições
republicanas funcionam ainda muito na base da facção. Pessoas que não poderiam
têm lado. Alguns promotores, alguns jornalistas, juízes, desembargadores.
O problema não está no fato de um membro do Ministério
Público, por exemplo, não agir republicanamente. E sim no fato de os mecanismos
corretores não funcionarem.
Que motivos levaram à sua derrota em São Paulo?
A crise do PT foi muito severa. Só neste ano, três [ex]
ministros do partido foram presos [Antonio Palocci, Paulo Bernardo e Guido
Mantega]. Teve o impeachment. O Instituto Lula somou 13 horas de Jornal
Nacional, neste ano, contra o Lula.
Houve também a fragmentação do nosso campo. Chegaram a me
perguntar por que o PT tinha lançado três candidatos, eu, a Marta [Suplicy] e a
[Luiza] Erundina.
E o Doria fez propostas objetivas que sensibilizaram o
eleitorado: manter a tarifa [de ônibus] congelada, abrandar a fiscalização por
radar e aumentar a velocidade das marginais. Eram as críticas que eu ouvia na
periferia.
Mas, sinceramente, eu não reclamo de nada porque a
experiência que vivi foi a mais rica que eu poderia ter.
Eu queria ficar mais quatro anos como prefeito. Queria. Do
MEC [que comandou no governo Lula] eu sinto nostalgia. Daqui eu vou sentir
saudades. Porque eu gosto de ser prefeito e queria ficar.
Por outro lado, vivendo essa turbulência toda e entregando a
cidade melhor do que recebi compensa o sentimento de perda. A dívida de SP era
200% da receita. Hoje é 74%. A folha de pagamento está controlada, 70% do
orçamento é de receitas próprias.
Quanto tempo a esquerda demora para voltar ao poder no
Brasil, se é que volta?
A tendência é que também aqui direita e extrema direita sejam
o polo das próximas disputas. O desafio da esquerda é maior do que nunca. A
gente nunca conviveu com uma situação tão adversa.
Qual é o futuro do PT?
A chance de o PT manter a hegemonia na esquerda é difícil.
Embora, mesmo muito machucado, ele ainda seja maior do que quase a soma de
todos os outros [partidos de esquerda] reunidos. Vamos ver o que ocorre até
2018, em torno da candidatura do Ciro Gomes (PDT-CE), se o Lula vai ser
impedido de disputar.
E o senhor? Pode disputar [a Presidência] em 2018?
Eu não estou pensando em eleição agora.
Poderia tentar de novo a Prefeitura? Ou sair a deputado, a
senador?
É difícil passar pelo mesmo lugar que eu já passei. E não me
vejo no Legislativo. Vamos ver o que o destino me reserva. Agora estou
empenhado em organizar a minha vida pessoal. Depois de 16 anos em vários
governos, me descapitalizei completamente. Mas a vida inteira eu participei de
política e só a partir de 2001 em cargos públicos. Vou continuar a participar
do debate nacional, vou voltar, por exemplo, a escrever.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
CONSCIÊNCIA NEGRA 2016
Veja o que preparamos pra você no Mês da Consciência Negra...
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EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS (Art 26-A e 79-B DA LDB)
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