Divulgando...
Tatiana
O texto não é meu mas poderia ser...
Não é fácil. Nunca foi. Mas está pior. Horas e horas refazendo um diário se há rasura. Horas e horas corrigindo provas em um sistema de avaliação falido, que permanece o mesmo desde meus tataravós (e antes).
Não é fácil. 34 alunos de 10 anos, 5 horas de aula, 20 minutos de intervalo, uma professora e 68 pais clientes que só aparecem na reunião (quando aparecem). E pedem seu whats app, afinal, QUEM PRECISA DE DESCANSO?
Não é fácil. Um aluno termina rápido e vai fazer bagunça, o outro não termina e precisa da minha ajuda, mas a baderna está instalada e mal podemos nos ouvir. Faz Correção Coletiva. O que tem dificuldade copia tudo certo, mas na "prova", tudo errado. Lá vem os pais com raiva pela nota. Lá vai a professora se sentir incompetente.
Lá vai a professora. Andar sem rumo até chegar em uma igreja (quando tem sorte). Lá vai a professora. Tomar remédios e mais remédios (sem atestado para faltas, por favor, não queira perder seu emprego).
Lá vai a professora não ser mais professora. Lá vai o sonho que virou pesadelo. Lá vai eu. Lá fui eu. E tantas mais.
À Patrícia e todas as minhas amigas amadas, que continuam lutando: Meu respeito, meu abraço e admiração.
Aos pais, gestores, diretores e toda a comunidade escolar: ESTAMOS PEDINDO SOCORRO. Nos ouçam e acreditem: Não é fácil.
Texto: Marianna Arake
Tatiana
O texto não é meu mas poderia ser...
Não é fácil. Nunca foi. Mas está pior. Horas e horas refazendo um diário se há rasura. Horas e horas corrigindo provas em um sistema de avaliação falido, que permanece o mesmo desde meus tataravós (e antes).
Não é fácil. 34 alunos de 10 anos, 5 horas de aula, 20 minutos de intervalo, uma professora e 68 pais clientes que só aparecem na reunião (quando aparecem). E pedem seu whats app, afinal, QUEM PRECISA DE DESCANSO?
Não é fácil. Um aluno termina rápido e vai fazer bagunça, o outro não termina e precisa da minha ajuda, mas a baderna está instalada e mal podemos nos ouvir. Faz Correção Coletiva. O que tem dificuldade copia tudo certo, mas na "prova", tudo errado. Lá vem os pais com raiva pela nota. Lá vai a professora se sentir incompetente.
Lá vai a professora. Andar sem rumo até chegar em uma igreja (quando tem sorte). Lá vai a professora. Tomar remédios e mais remédios (sem atestado para faltas, por favor, não queira perder seu emprego).
Lá vai a professora não ser mais professora. Lá vai o sonho que virou pesadelo. Lá vai eu. Lá fui eu. E tantas mais.
À Patrícia e todas as minhas amigas amadas, que continuam lutando: Meu respeito, meu abraço e admiração.
Aos pais, gestores, diretores e toda a comunidade escolar: ESTAMOS PEDINDO SOCORRO. Nos ouçam e acreditem: Não é fácil.
Texto: Marianna Arake
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